Cão Serra da Estrela

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História

O Cão da Serra da Estrela é uma das raças mais antigas da Península Ibérica, sendo a mais popular entre as marcas portuguesas. Cão de montanha, forte e resistente, o Serra da Estrela ganha o papel de proteger os rebanhos. Ao longo dos séculos, esta raça passou também a ser utilizada na guarda de casas e propriedades, sobretudo por ser grande e um ladrar bem forte. O cão acompanhava e acompanha os rebanhos nas subidas sazonais à serra na procura das pastagens mais verdes.

Nesta zona, existem alcateias e outros predadores que o Serra da Estrela enfrenta em grupos de 2 a 6 cães. Aliás, os cães colocam-se automaticamente nas zonas mais altas da pastagem para poder observar uma maior extensão da pastagem. Pois, por vezes, os pastores tinham de voltar às aldeias durante o período de pastagem e confiavam simplesmente nos cães para guardar os rebanhos. Neste contexto, o Cão Serra da Estrela, ao enfrentar todo o tipo de condições climáticas, foi alvo de um processo de seleção natural – apenas os que sobreviveram ao frio gelado e às lutas é que se conseguiram reproduzir.

Apesar de ter havido um período em que a criação de Serras da Estrela esteve em causa, a dedicação de alguns criadores fez com que a raça não se perdesse e ainda se tornasse mais vistosa e elegante. Houve uma crescente preocupação com a especificidade do pêlo curto e pêlo longo.

Características

Aspeto geral: Cão de perfil convexilíneo, molossóide, tipo mastim.

Cabeça: Forte, volumosa, de maxilas bem desenvolvidas; alongada e ligeiramente convexa; proporcionada ao corpo, bem como o crânio em relação à face.

Chanfradura nasal (Stop): Pouco pronunciada e a uma distância igual da ponta do focinho e do vértice do crânio.

Região crânio-frontal: Bem desenvolvida, arredondada e de perfil convexo.

Crista occipital: Apagada.

Orelhas: Pequenas, em relação ao conjunto (11 cm de comprimento por 10 de largura); delgadas, triangulares, arredondadas na ponta; pendentes; de média inserção; inclinadas para trás; caindo lateralmente, encostadas à cabeça e deixando ver, na base, um pouco da face interna.

Cauda: Inteira e grossa, de inserção média; porte baixo da horizontal, chega à ponta do curvilhão, quando o animal está tranquilo; em cimitarra, forma gancho na ponta; excitado o animal e em movimento, a cauda ultrapassa a horizontal, encurvando-se sobre o dorso; franjada nos cães de pêlo comprido.

Pelagem: Existem duas variedades, a de pêlo curto e a de pêlo comprido, sendo atualmente mais frequente a última; só são admitidas as pelagens fulva, lobeira e amarela, unicolores ou com malhas brancas na parte inferior do focinho, do pescoço e peito, no peitoral, nas mãos e nos pés.

Altura ao garrote: De 68 a 75 cm para os machos e de 62 a 68 cm para as fêmeas.

Peso: Machos 45 a 60 Kg e fêmeas 35 a 45 Kg.

Informação retirada do Estalão da Raça, segundo o Clube Português de Canicultura

Comportamento

Sem dúvida, o melhor amigo Homem. Apesar da sua estatura imponente e forte, é um animal dócil, meigo, brincalhão, com muita dinâmica e um olhar terno que nos diz tudo, mesmo se falar.

Não gosta de estranhos no seu território. Contudo, conhece o seu dono e toda a sua família desde que lhe seja apresentado. Tem um sentido de ternura extrema com as crianças, que até chega ao ponto de entrar nas suas traquinices. Apesar de ser um cão obediente, precisa que o seu dono lhe imponha regras e lhe dê espaço para se desenvolver.

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